Doença Periodontal

A má ou falta de higiene bucal, o não uso do fio dental, a falta de consultas periódicas ao dentista e alguns fatores genéticos predisponentes, entre outros, podem levar-nos a ter inflamações nas gengivas, que são os sinais mais comuns do início da doença periodontal, assim chamada porque Peri significa ao redor, periférico e odonto, dente. Os passos seguintes, se ela não for tratada, são a formação de uma bolsa inflamatória, que leva à perda de osso do alvéolo ao redor do dente e, finalmente, a perda do próprio dente que, sem adequada sus tentação, amolece e cai. Ela existe em dois níveis: primeiro, o que afeta só a superfície da gengiva, também conhecida como gengivite marginal e gengivite descamativa, respectivamente com e sem destruição da superfície das gengivas. E o segundo, quando são afetadas as estruturas profundas, conhecido como enfermidade periodontal destrutiva crônica, abscesso periodontal e trauma periodontal, segundo o estágio em que se encontre.

O tratamento da doença periodontal tem duas tendências, que para alguns dentistas são dois estágios. O primeiro, chamado de preventivo ou conservador, em que são usadas curetas raspadoras, que removem placa bacteriana, tártaro e tecido inflamado embaixo das gengivas, sem abri-las, buscando, com esta profilaxia, interromper ou diminuir o avanço da doença das gengivas, caracterizada por sua inflamação. O segundo, conhecido como cirúrgico, em que as gengivas são abertas cirurgicamente e as raízes dos dentes expostos, para que o dentista possa, com visão direta, remover todos os tecidos inflama. dos ao redor dos dentes e, naquele momento, estancar o processo, permitindo que a gengiva volte a se unir aos dentes Tanto no primeiro como no segundo método, a participação do paciente passa a ser fundamental para o futuro da doença. Se ele a partir do risco de perder os dentes e por ter gastado um bom dinheiro com eles, conscientiza-se e muda radicalmente seus hábitos, passando a higienizar corretamente, a doença das gengivas pode estar curada. Se voltar a ser relapso, não seguindo a orientação do dentista quanto à higiene bucal, em algum tempo a doença volta e com ela o risco de perder os dentes precocemente. Identificando a tempo a doença das gengivas, principal mente através de visitas regulares ao dentista, seu tratamento tem melhores chances de dar certo, porque nesta fase inicial, ainda não ocorreu perda óssea e a sustentação dos dentes ainda não está comprometida. Com acompanhamento você saberá em quais pontos sua escovação e uso do fio dental estão deficientes e receber, nessas áreas, uma profilaxia compensatória nas consultas de manutenção. Outro motivo para tratar das gengivas é para que elas não se retraiam, começando a expor parte das raízes, dando aos dentes uma aparência ruim por estarem muito longos e mostrando partes com cor e tipo de esmalte diferente, denunciando relaxamento ou maus tratos na higiene. Sem contar que a perda de gengiva envelhece violentamente o sorriso, chegando, em certo estágio, a levar seu possuidor a escondê-lo.
A partir dos trinta anos você deve começar a perguntar a seu dentista como está a saúde de suas gengivas, principalmente se seus pais perderam dentes por problemas deste tipo. Se for o caso, ele passará a fazer um controle mais constante da presença ou não da placa bacteriana. Se você for portador de doença periodontal, ele lhe indicará um periodontista, que é o especialista no tratamento destes problemas, o qual lhe apresentará um programa de manutenção, preventivo ou terapêutico, conforme seu caso estiver a necessitar. Perca um pouco de tempo, se é que se pode pensar assim, mas não perca seus dentes, porque repô-los sairá bem mais caro.

Escrito por Giovanni Laurienzo

Cirurgião-Dentista formado pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO-SP). Mestrado em Ortodontia pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). CROSP:79.786.

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