Dentes inclusos ou do siso

Os dentes inclusos são aqueles que se encontram dentro do osso ou com parte dentro do osso e parte dentro da gengiva, sem terem erupcionado, muito embora já tenha passado o período normal para sua saída. A razão para que isto aconteça, na maioria das vezes, é por falta de espaço na arcada dentária, outras, pelo fato do dente vizinho estar torto, impedindo assim o seu nascimento, ou ainda, por resistência do tecido ósseo. Siso ou do juízo como é conhecido popularmente, por normal mente erupcionar próximo da maioridade, é o terceiro molar, um dente que a maioria das pessoas do nosso tempo já não apresenta. Para saber se temos ou não é fácil: basta contar os dentes que temos, desde que não tenhamos feito nenhuma extração e verificar se dispomos de vinte e oito ou trinta e dois dentes. Se forem vinte e oito é porque não temos e se forem trinta e dois é porque temos os quatro dentes do siso.

Quando não os temas, pode ser que não tenhamos os embriões dentais que os originariam ou porque os mesmos se encontrem inclusos (alguns dizem retidos), ou seja, não nasceram por estarem dentro do alvéolo ósseo, sem condições para erupcionar ou por estarem impactados de encontro aos dentes da frente, os segundos molares.

Se o problema for identificado com antecedência através de radiografias tiradas na adolescência, sua solução pode ser a tentativa de, através de aparelhos ortodônticos, promover sua saída natural. Se não saírem, pode ser tentado um tracionamento deste dente, puxando-o progressivamente com apoio em outro dente próximo, ajudado pela remoção de
partes duras do osso que estão dificultando sua erupção. Ou ainda a utilização destes dois métodos em conjunto, sucessivamente. Só não se fazem estas tentativas se o espaço para estes dentes que não nasceram não for suficiente ou se, com isto, eles vierem a pressionar os demais dentes.

Nestes casos, e quando existe a possibilidade destes dentes inclusos virem a
trazer dor, a indicação é sua extração, que é uma ação demorada, pelas dificuldades de acesso e pelas próprias razões que impediram seu nascimento, o mento em dentes e paredes ósseas.

Conseguindo-se fazê-lo erupcionar na adolescência, tem se a vantagem de novos dentes, tantos quantos forem os que estavam inclusos. Não se conseguindo, é conveniente a sua extração, para evitar problemas futuros, de prejuízo aos dentes vamos a casos de dor intensa, pelo esforço do organismo em tentar coloca-los para fora e não consegui-lo. Ter os dentes
bem alinhados representa facilidade para a higienização e menor risco para o surgimento de cáries e doenças das gengivas. Daí muitas vezes a indicação de extração dos inclusos, justa mente para não entortarem os demais. Dentes inclusos são, normalmente, extraídos pelos próprios dentistas, sempre que o acesso e a remoção possam ser fetos sem dor ou cansaço,
por uma a duas horas de trabalho. Quando imaginam que se trata de um caso mais complexo ou difícil, costumam encaminhar a especialistas, principalmente os casos em que os dentes estiverem impactados, ou seja, presos em outros dentes, principalmente o mais do fundo.

Nestes casos, pelo procedimento de extração ser mais difícil e requerer instrumental mais especifico e apropriado, um cirurgião buco maxilo facial terá melhores resultados, diminuindo o desconforto e minimizando a dor pós-operatória. Identificado o problema a extração deve ser feita assim que possível, para evitar a situação indesejada de dor pela pressão do dente
que está incluso, tendo com isto, certamente, uma remoção mais difícil.

Escrito por Giovanni Laurienzo

Cirurgião-Dentista formado pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO-SP). Mestrado em Ortodontia pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). CROSP:79.786.

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